PROIBIÇÃO

Torcedores são impedidos de entrar com faixas e bandeiras na Fazendinha antes de jogo entre Corinthians e Instituto 3B, pelo Brasileirão Feminino

Foto ilustrativa / Reprodução

A partida entre Corinthians e 3B, válida pela sexta rodada do Brasileirão Feminino e realizada na noite deste sábado, às 21h, na Fazendinha, foi marcada por relatos de torcedores impedidos de entrar no estádio com faixas, bandeiras e materiais de apoio. A revista realizada na entrada do Parque São Jorge teria barrado qualquer item visual, mesmo os que manifestavam apoio ao próprio clube.

De acordo com relatos ouvidos pela reportagem do Meninas do Timão, a orientação partiu da segurança do local, que estava em número reforçado.

“A policial tirou a minha bandeira do Corinthians e falou que está proibido entrar com qualquer tipo de copo, bandeira, fita ou faixas, mesmo que sejam do próprio clube. Também tinha muito mais policial fora e dentro do estádio”, afirmou uma torcedora.

Outra frequentadora habitual das arquibancadas expressou indignação com a medida.

Isso é ridículo, sempre venho com a minha bandeira. Revoltante, isso é calar a torcida. A policial disse que não pode mais (entrar) nada, nem do Corinthians, declarou.

A torcedora também falou que várias pessoas passaram pelo mesmo problema na entrada da partida, mesmo com objetos autorizados pelo regulamento vigente no estado.

“Veio até o PM (policial militar) ver o que que tava acontecendo e não foi só eu, tinha muito mais gente que tava querendo entrar com bandeira, porque é habitual ter bandeira no jogo do feminino, né? Nunca teve problema e eu já olhei isso várias vezes. Lá no regulamento do que você pode trazer ou não pro jogo, tá escrito que bandeira do time, bandeira do Corinthians pode trazer e isso não foi dito pra gente em nenhum momento”, afirmou.

A proibição chamou a atenção dos torcedores que acompanham de perto o futebol feminino. A restrição pode estar relacionada ao protesto realizado no intervalo da partida contra o Palmeiras, no último dia 12 de abril, também na Fazendinha.

Na ocasião, faixas com críticas à atual gestão do departamento de futebol feminino e ao diretor financeiro Marcelo Mariano foram estendidas por torcedores. Entre os dizeres estavam frases como “Fora (Marcelo) Mariano” e “Arrecada milhões, investe centavos. Mariano, que está afastado do cargo, é o principal elo entre o futebol feminino e o presidente do clube, Augusto Melo.

A Fiel tinha a intenção de realizar mais manifestações na noite, mas a proibição impediu os protestos. Bandeiras com as escritas “Cofre Cheio, Estádio Vazio” e “As Brabas Mansas”, organizadas por um grupo de reivindicações denominado “Fiel Fazendinha”, foram barradas pela revista.

O Corinthians se manifestou diante do ocorrido por meio da assessoria de imprensa do departamento de futebol feminino, mas negou qualquer pedido vindo do clube:

Não tem nenhum pedido nesse sentido (proibição dos objetos). O que eu sei é que com a punição tomada na final do paulista, está proibida a entrada de camisas de organizada e faixas. Certamente não veio do clube, muito provavelmente o efetivo só cumpriu a resolução da punição.”

A punição citada faz referência a medida imposta pela Federação Paulista de Futebol (FPF) no dia 02 de abril, que determinou a proibição da entrada das torcidas organizadas do Corinthians em estádios de futebol de São Paulo até o fim do ano.

A decisão atende à recomendação do Juizado Especial Criminal (Jecrim), expedido pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), por conta de incidentes na partida de volta da final do Campeonato Paulista masculino, entre Corinthians e Palmeiras, na Neo Química Arena, no dia 27 de março. Durante o jogo, sinalizadores foram arremessados no gramado, partindo das arquibancadas onde ficam as organizadas.

No entanto, nenhuma organizada estava presente no jogo feminino.

Segundo o Art. 13-A, inciso IV, da Lei nº 10.671/03 (Estatuto do Torcedor), é proibido o porte ou exibição de cartazes, bandeiras, símbolos ou sinais com mensagens ofensivas, incluindo as de caráter racista ou xenófobico, além de bandeiras com mastro (com exceção da quantidade regulamentada permitida para as torcidas organizadas). Porém, objetos que não se enquadram na proibição e são constantemente vistos na Neo Química Arena, como bandeiras do próprio clube, também foram impedidos de entrar no estádio.

Lara Faria

Writer & Blogger

1 Comentário

  • Vergonha. A começar pelo Presidente q não tem vergonha na cara compactua com esses desmando do futebol feminino. Diretora omissa, técnico ruim, conseguiu acabar com o futebol das brabas. A imprensa grande nao fala nada sobre essa proibição cadê os paladinos pra mostrar essa vergonha do q está acontecendo com o futebol do Corinthians Feminino? SILÊNCIO TOTAL.

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