Coordenadora da base usa goleira Morganti como exemplo de transição bem conduzida na base do Corinthians Feminino

Em conversa exclusiva ao Meninas do Timão, em parceria com o portal Meu Timão, a coordenadora da base feminina do Corinthians, Rafaela Esteves, falou sobre o processo de formação das atletas e o cuidado nas transições entre categorias. Durante a conversa, a gestora destacou a goleira Ana Morganti, de apenas 16 anos e titular da categoria sub-17.
“A Morganti é um caso curioso. Eu lembro do primeiro Campeonato Paulista sub-15 em 2022, e aí foi de fato onde a Morganti teve o seu ápice. Eu estava lá, foi uma atleta que brilhantou os olhos de todo mundo que estava presente”, relembrou Rafaela.
A goleira chegou ao clube em setembro de 2022, aos 13 anos, após passagens pelo Santos e pelo projeto Meninas em Campo. No ano seguinte, defendeu dois pênaltis na final do Paulista sub-15 e foi campeã com o Corinthians. Desde então, Morganti soma 21 partidas com a camisa do Timão nas categorias de base e segue como titular absoluta da equipe Sub-17.
Na última segunda-feira (4), pela quartas de final do Corinthians no Campeonato Brasileiro Sub-17, a arqueira foi decisiva ao defender dois pênaltis contra o Ferroviária, garantindo o passe para as semifinal. A atuação sólida reforçou ainda mais o motivo de ser considerada uma das principais promessas da base corinthiana.
”Ela teve uma ascensão. Então hoje a gente pode ter o privilégio de ter uma atleta que transita entre as categorias, participou ali da pré-temporada com o profissional onde realizou muito bem, teve uma boa performance. A gente entende que é uma atleta de projeção”, afirmou a coordenadora.
Mesmo com as passagens pela seleção e profissional, Rafa reforça a importância de manter o ciclo formativo até o fim.
“Eu sempre falo para as atletas que a gente, como instituição, tem que tomar um pouco de cuidado com essas transições, mas também enaltecendo por um outro lado a atleta encerrar o ciclo na sua categoria. Então a Morganti encerra o ciclo na categoria sub-17 da CBF – da seleção, e também do clube”, completou.
Rafaela ainda citou que o mesmo modelo está sendo aplicado a outras gerações, como atletas de 2010, 2012 e 2013, já preparadas com antecedência para os próximos anos. Segundo ela, a estratégia é antecipar o processo para que mais jogadoras cheguem prontas ao calendário da temporada seguinte.
“Dar essa casquinha, essa adaptação, mais prontas elas chegam pro calendário do ano que vem. E esse movimento a gente já começou com as atletas de 2012 e 2013. Fizemos reunião com os pais, familiares, com os atletas, explicamos como que vai ser, falamos um pouquinho do ano seguinte de 2026, pra eles entenderem que essa correria aí, do que eles estão fazendo, eles vão colher o fruto lá na frente”, finalizou.